Diário de um nativo da terra de Santana... NA Festa de Santana


Não sei se faço certo, mas considero muito minhas primeiras impressões quando as tenho em relação a qualquer coisa que faço, conheço ou... toco... vocês entenderam. E pelo que percebi (minha primeira impressão) dessa minha vinda a Caicó para festejar com meus amigos, familiares (e a mulé, claro) a Festa de Satana foi que essa estadia aqui vai ser no mínimo “Peidada”.

A começar pela viajem de Natal até aqui. Preferi vir com a Empresa de Transportes Herbety¹. Geralmente eles demoram, mas pelo menos dessa vez foi diferente: duas horas como foi marcado eles chegaram. Ok, essa foi a parte boa da viajem. Digo isso sem exagerar, pois pareceu que eu pedi pacote completo das 10 piores condições que uma viajem pode ter. Primeiro - demorou muito para ir pegar todos os passageiros até a viajem começar; segundo – teve um passageiro imbecil que não soube combinar o local de se encontrar com a besta e foi um dos principais motivos da demora para sair da cidade; terceiro – o danado que atrasou sentou do meu lado (eu na parede) e um detalhe: o rapaz era “espaçoso” e suava como um porco; quarto – tinha muitas crianças na besta, ou seja, barulho e é claro que não podia faltar aquela velha e conhecida frase em toda a viajem “nós já chegamos?”; quinto – o motorista dirigia feito um louco pelas ruas da capital, eu pensei que ia morrer quando um 66 quase bate em nós (detalhe, ia de frente em direção ao canto em que eu estava); sexto – a viajem toda teve um bebê (tadinho) chorando feito um louco gritando por um cama (???); sétimo – acompanhando o choro, tinha um DVD de aviões do forró tocando no mesmo compasso (¬¬); oitavo – o cara gordo não parava de falar, nunca (eu disse: nunca) e ainda fazia questão de usar um sotaque carregadíssimo de matuto; nono – teve uma muleca que vomitou uma espécie de goiabada na besta (obs: ela estava sentada, juntamente com seu irmão, logo em uma poltrona atrás da minha); décimo – assim que chegamos em Caicó parecia que o motorista nunca ia me deixar em casa. Quando a mulher que estava com o bebê pedio para que o motorista fosse deixa-la em casa primeiro e disse que morava no João 23² eu desisti logo e pedi para descer onde estava mesmo. A sorte foi que eu parei logo no bar de Zeca Barrão, daí já dá para saber no que deu não é? Cachaça! (literalmente, só tinha dinheiro para comprar uma garrafa de 51. Ao menos tinha o limão). Foi cachaça até a gata miá³ com a galera, que já estava lá. Ê vidão.

Continua...

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1.Empresa de Transportes Herbety. Empresa que trabalha com o transporte de pessoas e objetos no trajeto Caicó-Natal e vice-versa. Com uma besta, o motorista vai pegar o passageiro em casa ou em qualquer que seja o lugar e faz o transporte com um custo de 30 reais (não aceita estudante) e 10 para objetos.

2.João 23. Bairro de periferia de Caicó que é bem longe de tudo. 3. A gata miá. Expressão nordestina que indica, geralmente, uma idéia de muito tempo.

3. A gata miá. Expressão nordestina que indica, geralmente, uma idéia de muito tempo.

3 comentários:

Alan disse...

karai jamorreu
nam, vc ta ficando mais coisado a cada dia!
começou tomando latinha de alcool de posto (pitu)
e agora ja vai é no litro de 51!!!
seu fugado se acaba, desgraça!!

Don Cretinno disse...

Foda é vc ter que voltar pra Natal um dia depois de chegar só pra assinar a porra dum papel!

Foda é vc ter que ir escutando durante boa parte do tempo um cd de Jorge Vercílo!

Foda é vc ter que parar a cada 50 km pq dois dos outros passageiros tão com vontade de cagar e vomitar!

Foda é ir com as pernas imprensadas e a coluna torta no banco de trás daquelas caminhonetona desconfortável!

O que salvou foi que um dos passageiros era um figuraço! Quando eu chegar aí, eu conto as presepaas que ele contou!

Anônimo disse...

huahuahuahauhauhaua,

como sempre muito massa as postagens hehehehehehehe

adoroooo o jeito que as coisas são descritas (nozes quase não gostamos de ironia né)

Boa sorte na volta!!!!